quinta-feira, 14 de março de 2013

Que alguma coisa a gente tem que amar.

Mas não parece nem um pouco justo reclamar com Deus, Loreninha, falo assim mas ele nunca me deixou faltar um amor bonito desses que inunda o peito, e uns bons amigos pra aquecer o coração. Muitos desencontros, isso não se há de negar - até com Ele. Mas gosto de imaginá-lo, quando estou aflita, me dando um abraço gostoso, igual a este que alguns sabem dar. Porque Deus é isso, sangue puro do nosso sangue, claridade inteira de nós. E eu choro e lhe peço desculpas por não me sentir capaz de multiplicar suas riquezas, por ter esse gosto de enterrá-las na terra escura. E eu sinto que ele me perdoa e entende tudo, e segura meus braços pra eu não cair, acarinha meu coração...meu Deus é bom, Lorena, por isso eu não confio no Deus desse senhor. Só espero que ele possa vê-lo ainda mais bonito do que eu, porque nesse caso tudo isso terá valido a pena, a sua vida maldita, a nossa vida maldita. Tudo que um dia a gente começa a entender - e puxa, fica triste em entender! Mas surgem umas coisas bonitas no mesmo campo insuspeitável, brilhantes, que provavelmente justificam tudo. Deus gosta de sorrir pra nós às vezes. Eu recebo a maldade, tento entendê-la, mas tento também me afastar - tão igualmente difícil e necessário se afastar também da própria maldade! -  porque há sempre um coração quente e vermelho por perto - o que vem a ser absolutamente providencial, como Ele bem sabe, porque conhece seus filhos.

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