sábado, 25 de fevereiro de 2012

Tantas vezes, mas dessa vez era pior. Um amor gigantesco se infiltrando pelas beiradas...e invadindo tudo e inundando colorindo preenchendo. Virei amor liquido, Tereza. E se antes tinha medo, agora tinha mais um pouco, vulneravel que ficava por tanto sentimento. Mas entendia, e se deixava enternecer mais e mais. E deixava-se derreter inteira de amor...e ao inves de dizer "sim, voce pode ir, eu nao me importo" olhava tudo em volta e dizia "nao, nao vai, coracao, nao vai, eu te acho tao bonito e tao necessario debaixo desse sol que faz nessa terra maravilhosa". Alisava as coisas todas com a mão suave, os passarinhos não gostam de muito dedo na cabeça. Alisava e deixava que fossem e outras viessem e fossem de novo. E amava tudo do mesmo jeito. E quando iam o coracao ficava assim sensivel mas com um sorrisinho de "obrigada por vir". Toda com gosto de romance, com aquele suspiro vago saindo direto do peito. Entendia muito, muito mais agora. E precisava menos entender tudo. Agradecia por isso.

2 comentários:

  1. Me lembrou Lispector, calma, serena, em plenitude sem fulminação:

    "Eis que as três horas da madrugada eu me acordei
    E me encontrei
    Simplesmente isso:
    Eu me encontrei calma, alegre
    Plenitude sem fulminação
    Simplesmente isso
    Eu sou eu
    E você é você
    É lindo, é vasto
    Vai durar"

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