domingo, 6 de fevereiro de 2011

Carol, eu queria te dizer que eu tô triste como um gambá e só quero ficar aqui ouvindo essas músicas tristes como o diabo, mas eu já tô chorando e não sei bem dizer...acho que em algum passado remoto as coisas tinham mais gosto e agora ficou batido e eu fiquei desinteressada, entende? Eu já amei tanta coisa...eu já amei com tanto desespero...e agora eu quero ganhar dinheiro e gastar em viagens, em shoppings, ia voltar naquela loja amanhã e parcelar tudo porque eu posso ficar assim fodida mas é preciso estar bem vestida, hum? E maquiada para a ocasião. A ocasião é que eu tô me sentindo sozinha e fodida e perdida e eu queria um abraço daqueles que só o homem da nossa vida pode dar, eu quero ir embora pra casa, estou cansada dessa ventania, dessa música alta, eu quero sentir o cheiro de casa de novo e ser abraçada inteira...quero amar direito, porra. Sem essas graças, essas firulas, esses poréns. O tempo vai passando e a gente vai simplificando mais tudo porque fica com medo, não é? Mas eu olho hoje e vejo um monte de grãozinhos de nada, mas não era isso que eu queria, não foi pra isso que eu vim aqui! Sabe, quando eu deito peço pra esquecer e que faça sol no dia seguinte...um sol bonito e passe ele bem embaixo da minha janela com uma voz de quem ficou aqui o tempo todo e falou comigo ontem à noite, veja, pouco tempo mas eu tinha esquecido! Como fora esquecer? Sim...e lembrar que estava esperando que viesse me buscar pra me levar pra casa.

Um comentário:

  1. No meu caso, encher a cara com os amigos e conhecer pessoas novas torna suportável, mas, sei lá, talvez você prefira um café.

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