terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um ódio quente e passivo das mulheres que já tiveram o seu favor. Uma vingança contra as que viriam, porque digo que você não fica. Digo com o coração pesado, desde já me sentindo uma sozinha, uma desgraçada. Odeio essa vulnerabilidade que querer alguém deixa na gente. Você me fez engoli-la, remédio amargo. Digo e se digo dirão que eu sou fria, frígida, mal criada, o escambau. Mas olhando assim dentro dos seus olhos e das suas palavras soltas e superficiais eu fico logo sabendo que você não fica. Que vai acabar sendo o melhor dos meus amores, mas não fica. E isso me enegrece, numa concha preta que de tão preta some no fundo. E brilha, brilha de dor.

2 comentários:

  1. Eu fui passar os olhos nos textos que perdi. Fiquei boquiaberta. Sabe, você tem um estilo imerso em maturidade. Suas palavras me fazem sempre pedir por mais e mais e mais e mais.

    Você devia era estar publicando isso pro mundo. De repente senti essa necessidade de ter seus escritos no papel. Para tocar. Marcar. Reler.

    Olha, que possa haver luz nessa escuridão. Personagem, você, independente de onde se sinta, o melhor brilho é quando tudo reluz.

    Beijo e obrigada por seus últimos comentários em meu espaço. É sempre uma delícia recebê-la.

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  2. Concordei demais. A gente sente uma necessidade de 'tocar, marcar, reler'. seria ótimo.

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