terça-feira, 26 de abril de 2011

As estrelas, a lua, todas elas explodiram.

Parece incrível que eu tenha demorado tanto tempo pra entender como é importante se doar. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar sem pensar em colher, amar o inútil, que no inútil também está Deus, dizia Conrado mas parecia cifrado. Precisei pular do penhasco e com essa cara sonsa, doida pra me estilhaçar, se precisar. Se doar é precioso, entende, menina? E é um ato de amor próprio também. Por mais que eles não entendam, se doar te liberta. É por isso que os escritores são ridículos, os atores são pedantes e os tecidos brilham demais, as mulheres previsíveis e claras e os homens às vezes mais puros. Mas ninguém se importa, porque não precisa mesmo.

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