sexta-feira, 5 de junho de 2009

Você, que não pertence. (nem a aqui, nem a ninguém)

Estou te pedindo, menina. Olha pra frente e deixa, abre as asas, sente o vento, deixa. Se você for pra sempre assim como é agora, o mundo todo será seu, eu prometo. Não precisa se preocupar. Faça o que tiver de fazer; não precisa chegar a lugar nenhum, han?! Só faça o caminho. Sinta tudo nesse frenesi de quem ama demais, preste atenção na delicadeza de cada minuto, sinta, sinta tudo o que puder. Ainda se for raiva, sinta-a com sinceridade, mas deixe passar. E outra, esqueça as análises científicas, a menos que você seja louca por uma delas, e se for, conheça-a com o coração. Com o coração, menina, e não só com as nomenclaturas. Não se preocupe com o que eles dizem, nem comigo. Mesmo que você não saiba exatamente o que fazer, faça alguma coisa ou não faça nada. Por que de lembrança você leva mesmo é o gosto das coisas. Seja sábia o suficiente para ser feliz e tola o suficiente para não se importar demais com a coisa alguma. Eu te peço que cante, que grite, deixe-se ao propósito simples e primário a que veio. Seja menina, como a vejo agora, e é bom mudar mas também é bom continuar sendo a mesma. Deixe-se apaixonar e fique de luto quando virarem a esquina, quando você também errar, mas volte a se apaixonar de novo. Não deixe nada te corromper, menina, porque você brilha como o sol.

Um comentário:

  1. As pessoas que brilham como o sol são as mais especiais. Você deve ser uma dessas que brilham.
    Adorei o texto, tão gostoso.
    :*

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